Cidades têm mais 2 mil famílias em situações de pobreza e extrema pobreza
O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, que tem por objetivo auxiliar famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, combatendo a fome e promovendo a segurança alimentar e nutricional, além de criar possibilidades de emancipação sustentada dos grupos familiares. O programa foi criado pela lei 10.836, de 2004, que unificou os programas Bolsa Escola, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação e Auxílio Gás, e já beneficia mais de 13 milhões de famílias em todo país.
Segundo dados de outubro de 2012, o município de Brusque atende 1.724 famílias em situação social classificada como vulnerável. Entre maio e outubro do mesmo ano, 342 novas famílias foram cadastradas e passaram a receber o benefício. Na comparação com 2007, o aumento foi de 65,2% no número de beneficiados, enquanto a população cresceu 11% no mesmo período. Na cidade de Guabiruba, 378 famílias receberam o benefício em 2012, um aumento de 26,8% em relação a 2007.
As famílias extremamente pobres são aquelas com renda per capita de até R$ 700 ao mês. Já as famílias consideradas pobres são as que possuem renda per capita entre R$ 70,01 e R$ 140 mensais. Como exemplo, uma família composta por marido, esposa e dois filhos, ou seja, quatro integrantes, e que possua apenas uma pessoa com salário fixo de R$ 700, terá renda per capita de R$ 175, insuficiente para ser classificado como pobre ou extremamente pobre.
Na geografia do Bolsa Família, a maior fatia dos mais de R$ 16 bilhões investidos em 2012 se concentra na região Nordeste do Brasil. O município de Paulo Afonso, localizado no Vale São-Franciscano da Bahia, possui população similar a Brusque. No entanto, chegou a marca de 14.138 famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. A pernambucana São Lourenço da Mata, com população de 102.825,00 habitantes, também ultrapassa as 14 mil famílias beneficiadas. Em Santa Catarina, os municípios de Balneário Camboriú e Tubarão, mais próximos de Brusque em número de habitantes, beneficiam 694 e 1.288 famílias, respectivamente.
A gestão do Bolsa Família é descentralizada e compartilhada, cabendo às prefeituras o cadastramento das famílias que necessitam do benefício, por meio do CadÚnico - Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal, enquanto a seleção é feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Além do cadastro, os municípios devem manter atualizada a base de dados, fiscalizando as famílias que possam estar recebendo o benefício de modo irregular, além de promover ações complementares para o desenvolvimento autônomo das famílias em dificuldade financeira.
As informações são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Portal da Transparência, do Governo Federal.